quarta-feira, outubro 13, 2010

LITERATURA CATARINENSE - HORÁCIO NUNES

               
          Autêntico pioneiro da nossa formação literário-cultural. Provém de uma família de “intelectuais”, homem de cultura, dramaturgo, comediógrafo, poeta, romancista, jornalista, cronista, humorista e tradutor.
            Seu avô foi presidente da Província de Santa Catarina. Era filho de Anfilóquio Nunes Pires e Henriqueta Nunes Pires, nasceu em 3 de março de 1855, no Rio de Janeiro. Em 1859, a família se mudou para Lages, onde cursou o primário. A partir de 1866, a família se mudou dessa vez para Florianópolis, foi matriculado em francês e matemática no Liceu Provincial, mas logo passou a estudar no colégio aberto e dirigido por se pai, um professor de respeitada carreira. Teve dois irmãos, Gustavo e Eduardo ambos também poetas, e Eduardo além de poeta era um capacitado mestre em latim.
            Com 11 anos Horácio iniciou-se no poema. Aos 15 anos deu inicio no serviço publico, sem remuneração, dedicando-se por quarenta e oito anos. Em 1876 casou com Flora Paulino da Silva, com quem teve 8 filhos.
            Horácio compôs o Hino de Santa Catarina, que hoje conhecemos e cantamos que foi adotado oficialmente por um decreto do Governo do Estado, em 21 de abril de 1892. Veio a falecer em 20 de maio de 1919, em sua residência, em Florianópolis.
            Homem empenhado no serviço público, abolicionista e republicano de idéias políticas, sempre foi um homem do jornal, onde registrava seu ponto de vista sobre problemas sociais e culturais da sociedade tradicional, grande parte de seus escritos se perdeu, por ter uma produção extensa e variada, além de escrever era também um assíduo tradutor.
            Como jornalista deixou estampados seus comentários, crônicas em muitos jornais. Alguns de seus poemas esta dispersos em jornais, assinados por seus pseudônimos “Fulvio Coriolano” e “Helvetius”. Horácio deixou escritos seis romances, que na sua estrutura se manifestavam indícios de influência teatral, senas de ação, as entradas e saídas dos personagens se dão segundo as exigências do palco.
            O livro “Bastidores” hoje uma raridade, reuniu suas principais obras.
            A peça “Rosa e Goivos” de Horácio é a peça mais amargamente negativa. Suas comedias desenvolveram-se através de temas mais leves, mesmo tendo como tema fundamental o amor e o casamento.
            No teatro e na narrativa foi um romântico/realista, com influência francesa. Leu e traduziu folhetins e peças teatrais, e adaptou tantos outros. Escritor de marcante presença.

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