quarta-feira, outubro 06, 2010

LITERATURA CATARINENSE - LUIS DELFINO

Nasceu dia 25 de agosto de 1834, na cidade de Desterro. Filho de Tomás dos Santos e Delfina Vitorina dos santos, sendo o primeiro de nove filhos. Ele foi batizado com o nome de Luiz dos Santos, mas quando ele tinha seis anos, seu pai acrescentou Delfino ao nome de todos os filhos, assim ficando Luiz Delfino dos Santos.

Ele se matriculou no colégio dos Jesuítas, e em 1850 ele, seu pai e seu irmão foram para o Rio de Janeiro, onde ele estudou no colégio Vitório. Depois de um ano ele ingressou na academia Imperial de Medicina, se formando cinco anos depois.

Começou a escrever e publicou seu primeiro conto (O órfão do templo), em 1852.

No Rio de Janeiro, onde ele estava morando, conheceu Maria Carolina Purga Garcia, e com ela se casou, e teve quatro filhas. Ele estava com 25 anos, e ingressou na academia Filosófica, mas continuou escrevendo, e em 1861, ele publica “A filha D’áfrica”, que foi seu livro mais famoso, depois de seis anos ele publica “Aquibadã”, e depois de oito anos de silêncio, ele escreve e leva as livrarias, seu livro “Solemnia verba”.

Em 1890 ele foi eleito senador da republica, e não publicou mais até 1896, quando conhece Eugenia Caldeira, e se apaixona loucamente por ela, (ele tinha 62 anos e ela tinha menos de 20). Foi onde ele começou a escrever novamente e demonstrar todo o seu amor por Eugenia em suas poesias, e principalmente nessas poesias que ele demonstra seu lado erótico.

Esse amor durou até sua morte, que foi em 31 de janeiro de 1910 em sua casa no Rio de Janeiro, por conseqüência de arteriosclerose generalizada.  


Os seios 
(Luiz Delfino).

Nunca te vejo o peito arfar de enleio,

Quando de amor, ou de prazeres te abrias,

Que não ouça lá dentro as fugidas

Aves, baixo alternando algum gorjeio...



Aves são, e são duas aves, creio

Que em ti mesma nasceram, e em ti crias,

Ao arrulhar de castas melodias,

No aroma quente e ebúrneo do teu seio;



Têm de uns astros irmãos o movimento,

Ou de dois lírios, que balouça o vento,

O giro doce o lânguido vaivém.



Oh! Quem me dera ver no próprio ninho

Se brancas são, como o mais branco arminho,

Ou se asas, como as outras pombas, tem...


Alunos: Edigleriston e Lucileide 

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