Othon Gama d'Eça ,nasceu na antiga Desterro ,hoje Florianópolis,em 1892 e morreu em 1965,filho de Nuno Gama d'Eça e de Maria Luiza Crespo. Foi um escritor que se destacou pelo seu talento e pela cultura,engrandeceu as letras de Santa Catarina, com sua vocação.
1912- Lança informalmente a idéia de se fundar em Florianópolis uma Academia de Letras, oito anos depois concretizada.
1918-Lança seu primeiro livro de prosa poética Cinza e Bruma.
1920-Fundou com amigos a Sociedade Literária Catarinense de Letras que, em 1924, passou a se chamar Academia Catarinense de Letras,teve grande importância no desenvolvimento da literatura catarinense.
1923-É publicada no jornal"A republica" a novela Vindita braba. Conclui o curso de Bacharel em Direito, pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro.
1926-Foi nomeado Juiz de Direito da Comarca de Campos Novos.
1929-Viajou pelo interior do Estado , em campanha politica. Amigos reúnem as notas do diário ,(Aos Espanhois Confiantes), publicado pela livraria moderna de Florianópolis.
1935-Recebe da faculdade de Direito de Santa Catarina o Diploma de Docente Livre em Direito Público internacional.
1938-Inicia na casa de Praia de Coqueiros,as primeiras paginas de Homens e algas.
1948-Redemocratizado o país, foi Secretário de Estado dos Negócios da Segurança Pública de Santa Catarina.
1951-Passa a orientar,a pagina semanal Prosa e Verso no jornal "O Estado".
1953-Recebe o Diploma de Catedrático de Direito Romano da Faculdade de Direito de SC. Viaja ao Paraguai , trazendo as impressões de viagem reunidas em Nuestra Señora de Asunción.
1957-Publica, o livro de crônicas , contos e memorias Homens e Algas. O livro mais importante.
1959-O conto " O Pica-pau" que integra a obra Historias e Paisagens do Brasil, no volume Pinheiras e Marinhas.
Um poema de Othon Gama d'Eça:
POEMAS DA MINHA ILHA
A Ivo d'Aquino
Torres de São Francisco!Velhas torres,
Cheias de lenda e de tranqüilidade,
Como dois braços pétreos da cidade,
Para os homens pedindo a Deus favores!
Nada perturba a expressão severa,
A ascética postura e o sossego
Dessas torres velhíssimas e sujas!
No rumor de luz da Primavera,
E o trissor hediondo do morcego
E o chirrio agourento das corujas!
Sua legenda é a imagem de Destinos
Que vão subindo iguais e iguais sonhando,
E, as mesmas canções ambos cantando,
Nas baladas helênicas dos sinos!
Nestas noites de vento e de geadas,
Ao calor do meu lar as rememoro,
Tão sombrias e mudas, engolfadas,
Na solidão da rua Deodoro!
Alunos: Cletson e Maressa - 3º. Ano II
Nenhum comentário:
Postar um comentário