No início do séculoXX, surgiu, na Europa, uma série de movimentos artísticos de tendências variadas renovadoras que foram chamados de movimentos de vanguarda. As vanguardas romperam com o passado e revelaram o dinamismo de um novo tempo no século que se iniciava
Observe esta pintura FUTURISTA elaborada por Luigi Russolo (1885-1947), compositor e artista plástico italiano ligado ao movimento futurista:
(Luigi Russolo, Casas, luz e céu. 1912. Óleo sobre tela, 100x100cm)
A crise da sociedade liberal-burguesa culminou na Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918. Esse conflito, de enormes proporções, gerou profundas transformações alicerçadas na ideia de nacionalismo, provcando o surgimento de novas correntes ideológicas - como o nazismo, o facismo e o comunismo - que mudaram a face do mundo decorrer do século.
No domínio artístico, inúmeras tendências multipicavam-se e retratavam os anseios por renovações profundas, nos períodos que antecederam e sucederam a Primeira Guerra. Foram os movimentos da vanguarda europeia, explosivos e descontínuos, que se propuseram a romper com o passado e a exprimir o dinamismo de um novo tempo que se iniciava.
Paris tornou-se centro mundial dessas vanguardas revolucionárias da arte e do próprio comportamento humano. Foi uma época contraditória e apaixonante, na qual surgiram os impulsos transformadores da vida social e política do século XX.
(Francis Picabia, Parada amorosa.1917)
O nome vanguarda é originário do francês avant-garde e significa "estar a frente, à dianteira de um movimento". Nesse sentido, é empregado para denominar grupos de pessoas que, por seus conhecimentos ou por uma tendência natural, exercem papel de precursoras ou de pioneiras em determinado moviemento cultural, artístico, científico, etc. Assim aconteceu com este conjunto de cinco "ismos": Futurismo, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo, os mais conhecidos movimentos de vanguarda europeia.
Nesa tela, o artista francês Francis Picabia (1879-1953) realça a tendência futurista de, em suas próprias palavras, "valorizar os mecanismos que movem o mundo".
FUTURISMO
No domínio artístico, inúmeras tendências multipicavam-se e retratavam os anseios por renovações profundas, nos períodos que antecederam e sucederam a Primeira Guerra. Foram os movimentos da vanguarda europeia, explosivos e descontínuos, que se propuseram a romper com o passado e a exprimir o dinamismo de um novo tempo que se iniciava.
Paris tornou-se centro mundial dessas vanguardas revolucionárias da arte e do próprio comportamento humano. Foi uma época contraditória e apaixonante, na qual surgiram os impulsos transformadores da vida social e política do século XX.
(Francis Picabia, Parada amorosa.1917)
O nome vanguarda é originário do francês avant-garde e significa "estar a frente, à dianteira de um movimento". Nesse sentido, é empregado para denominar grupos de pessoas que, por seus conhecimentos ou por uma tendência natural, exercem papel de precursoras ou de pioneiras em determinado moviemento cultural, artístico, científico, etc. Assim aconteceu com este conjunto de cinco "ismos": Futurismo, Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo, os mais conhecidos movimentos de vanguarda europeia.
Nesa tela, o artista francês Francis Picabia (1879-1953) realça a tendência futurista de, em suas próprias palavras, "valorizar os mecanismos que movem o mundo".
FUTURISMO
Como o próprio nome indica, no Futurismo predomina uma vontade de abolir o passado, começar tudo de novo a reformular temas e técnicas da arte. O líder dos futuristas foi o poeta Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944), que publicou no ano de 1909, em Paris, o primeiro manifesto dessa vanguarda. Sintonizando com a temática da guerra, o Futurismo propôs uma outra forma de arte, dinâmica, com uma imagem veloz do progresso mundial moderno. É isso o que se pode depreender dos fragmentos reproduzidos a seguir.
Manifesto futurista (1909)
1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e à temeridade.
2. Os elementos essenciais de nossa poesia serão a coragem, a audácia e a revolta.
3. Tendo a literatura ate aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono, nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo ginástico, o salto mortal, a bofetada e o soco.
4. Nós declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre adornado de grossos tubos como serpentes de fôlego explosivo... um automóvel rugidorm que parece correr sobre a metralha [...]
Em 1912, Marinetti radicalizou suas posições em relação à arte literária do século XIX, sugerindo uma revolta contra todos os padrões usuais de sintaxe gramatical:
1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito à energia e à temeridade.
2. Os elementos essenciais de nossa poesia serão a coragem, a audácia e a revolta.
3. Tendo a literatura ate aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono, nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo ginástico, o salto mortal, a bofetada e o soco.
4. Nós declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre adornado de grossos tubos como serpentes de fôlego explosivo... um automóvel rugidorm que parece correr sobre a metralha [...]
Em 1912, Marinetti radicalizou suas posições em relação à arte literária do século XIX, sugerindo uma revolta contra todos os padrões usuais de sintaxe gramatical:
1. É preciso destruir a sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, como nascem.
2. Deve-se usar o verbo no infinitivo, para que se adapte elasticamente ao substantivo e não submeta ao eu do escritor que observa ou imagina (...).
3. Deve-se abolir o adjetivo para que o substantivo desnudo conserve a sua essência (...).
4. Deve-se abolir o advérbio, velha fivela que une as palavras umas às outras. O advérbio conserva a frase numa fastidiosa unidade de tom.
2. Deve-se usar o verbo no infinitivo, para que se adapte elasticamente ao substantivo e não submeta ao eu do escritor que observa ou imagina (...).
3. Deve-se abolir o adjetivo para que o substantivo desnudo conserve a sua essência (...).
4. Deve-se abolir o advérbio, velha fivela que une as palavras umas às outras. O advérbio conserva a frase numa fastidiosa unidade de tom.
CUBISMO
Valorizando as forma geométricas, tais como cubos, cones e cilindros, o Cubismo surgiu em 1907 e entrou em decadênciajá na época da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Inicialmente, o movimento cubista desenvolveu-se na pintura, a partir das experiências do espanhol Pablo Picasso e também do francês Georges Braque, que representava os objetos, por assim dizer: "cubificados", para apontar mais ângulos da ralidade cotidiana.
O poeta francês Guillaume Apollinaire (1880-1918) interpretou e defendeu ardorosamente a proposta cubista da literatura. Tomou a palavra "poeta" sob uma nova dimensão, inovando a poesia, até mesmo tipograficamente, procurando fazer desenhos com as palavras. Os seus caligramas, publicados em 1918, são representativos dessa atividade lúdica: o desenho, com pavaras, daquilo que ele quer mostrar. Assim, por exemplo, ele desenhou a chuva.
(obras de Guillaume Apollinaire)
No Brasil, a pintora Tarsila do Amaral (1886-1973), após um perído de estudos na europa, assimilou as lições cubistas e as adaptou à realidade brasileira, incluindo em suas tlas temas e cores que remetem ao Brasil, como é possível percebr na pintura abaixo. No entanto, sua obra não apresenta características exclusivamente cubistas.
Nessa obra de inspiração cubista, a pintora homenageou Paris colocando a famosa Torre Eiffel no meio da favela carioca, aliançando o nacional e o estrangeiro em decorrência do Carnaval. Tarsila conseguiu enquadrar, em meio à rigidez da estilização geométrica cubista, cores alegres para retratar um cenário típico do Brasil, a favela, constituída de morros, plantas tropicais, casebres e pessoas simples.
( Tarsila do Amaral, Carnaval em Madureira. 1924. Óleo sobre tela, 76x63 cm.)
ATENÇÃO PARA AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS CUBISTAS
- gemoetrização das forma evolumes representados;
- abandono à aparência imediata ou real do bjeto retratado;
- desprezo à perspectiva;
- visualização por vários ângulos do objeto retratado;
- pinturas com aspectos de esculturas;
- figuras sobrepostas;
- ausência de harmonia entre formas e cores;
EXPRESSIONISMO
(Portinari. Os Retirantes. 1944)
Movimento contemporâneo ao Futurismo e ao Cubismo, o Expressionismo surgiu na Alemanha em 1910, caracterizando a arte criada sob o impacto do sofrimento humano. Muitos expressionistas foram estimulados por várias formas de exotismo, como a arte primitiva e popular: máscaras e estatuária da Oceania, esculturas da África e da América pré colombiana. A representação dos horrores da guerra foi também uma tendência deste movimento.
Os expressionistas pouco se importaram com as noções de belo ou de feio. O essencial era o registro da expressão do mundo, segundo uma leitura do artista. É possível dizer que o Expressionismo admitiu a imagem distorcida, semelhante à caricatura, que privilegiava um só aspecto do que retratava.
(Munch. O Grito.1893)
DADAÍSMOCom grande ênfase na destruição e na anarquia de valores formais, o Dadaísmo surgiu na Suiça, em 1916. O mais radical dos movimentosde vanguarda teve na própria denominação, e na forma pela qual foi escolhida, uma indicação de destruição anárquica.
De acordo com o peta romeno Tristan Tzara (1896-1963), líder dos dadaístas, Dadá não significa nada. Tzara informou ter encontrado essa denominação numa página aberta, ao acaso, no dicionário Petit Larousse.
O Cabaret Voltaire, um café que funcionava em Zurique, era o ponto de adeptos do movimento. Os dadaístas contrariavam todos os valores, descrendo de tudo, cultuando um mundo ilógico.
Leia um trecho do Manifesto Dadá, de 1918:
Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou por princípios contra manifestos (...). Eu redijo este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não sou nem para nem contra e não explico por que odeio o bom-senso. [...]
[...]
Dada não significa nada: Sabe-se pelos jornais que os negros Krou denominam a cauda da vaca santa: Dada. O cubo é a mãe em certa região da Itália: Dada. Um cavalo de madeira, a ama-de-leite, dupla afirmação em russo e em romeno: Dada. Sábios jornalistas viram nela uma arte para os bebês, outros jesus chamando criancinhas do dia, o retorno a primitivismo seco e barulhento, barulhento e monótono. Não se constrói a sensibilidade sobre uma palavra; toda a construção converge para a perfeição que aborrece, a ideia estagnante de um pântano dourado, relativo ao produto humano. Tristan Tzara.
A arte dadaísta pretendia provocar escândalo e a surpresa, destruir o bom senso, romper com qualquer tipo de equilíbrio.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO DADAÍSMO
- objetos comuns do cotidiano são apresentados de uma nova forma e dentro de um contexto artístico; irreverência artística;
- combate às formas de arte institucionalizadas;
- crítica ao capitalismo e ao consumismo;
- ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;
- uso de vários formatos de expressão (objetos do cotidiano, sons, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc) na composição das obras de artes plásticas;
- forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos acontecimentos políticos do mundo.
SURREALISMO
Nascido no período situado entre as duas guerras mundiais (1918-1939), o Surrealismo teve como líder André Breton (1896-1966), um dissidente do movimento Dadá. Filhos do Futurismo, do Cubismo e do Dadaísmo, os surrealistas não aceitavam a pura destruição e a ação demolidora dos dadaístas. Queriam abrir caminhos para a expressão do psiquismo humano. Assim o Surrealismo valorizava:
Nascido no período situado entre as duas guerras mundiais (1918-1939), o Surrealismo teve como líder André Breton (1896-1966), um dissidente do movimento Dadá. Filhos do Futurismo, do Cubismo e do Dadaísmo, os surrealistas não aceitavam a pura destruição e a ação demolidora dos dadaístas. Queriam abrir caminhos para a expressão do psiquismo humano. Assim o Surrealismo valorizava:
(Tarsila do Amaral. Abaporu)
- as descobertas de Freudsobre o inconsciente e os estudas da psicanálise sobre os mecanismos do sonho e suas relações com a realidade e a arte (nesse sentido, os surrealistas se reencontravam com algumas propostas do Romantismo, especialmente na valorização do mistério);
- a imaginação, contra a lógica, o domínio da consciência e a busca de imagens incongruentes, provocantes;
- o maravilhoso e o sobrenatural, vistos como fontes em potencial de arte;
- o automatismo psíquico (escrever espontaneamente, sem pensar, ao fluxo do inconsciente);
- o emprego passional e irracional das imagens;
- a criação de técnicas que provocassem os "sonhos despertos" e as forças obscuras do inconsciente.
(Salvador Dali. A Persistência da Memória.)
Bons Estudos!Bibliografia: Campedelli, Samira Youssef. Literaturas: Brasileira e Portuguesa. Ed. 2009 - Saraiva
ficou legal mas ficaria melhor se você pussese quadros de cada movimento, assim como fez com o surrealismo
ResponderExcluirAchei ótimo !! Parabéns ! Me ajudou mto a estudar para a prova ! Obrigada ! :)
ResponderExcluir#Jessica
Vou colocar seu site no meu trabalho como referência...
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