Álvares de Azevedo
“Cuidado,
leitor, ao voltar esta página! Aqui dissipa-se o mundo visionário e platônico.
Vamos entrar num mundo novo, terra fantástica” (Lira dos Vinte Anos)
Como começar a dizer coisas sobre Álvares de Azevedo, esse misterioso poetista? Que ele era um romântico em nossa Literatura? Sim, claro, um romântico. Mais não um romântico qualquer. Nada menos do que um ultrarromântico, escrevendo entre o indianismo de Gonçalves Dias e os versos políticos inflamados de Castro Alves.
Alvares
de Azevedo utiliza de três elementos para produzir seus textos, são ironia,
amor e morte. E pelos quais contem a monodia, que é o mesmo que dizer que se da
um conto uníssono (que tem um som só).
As
mulheres povoam o ambiente
alvaresiano como numa obsessão adolescente. Aparece como virgem adormecida, pálida, inocente, inatingível, objeto, ao mesmo
tempo em que aparece como prostituta da
pior estipe.
A
temática da morte, tão cara aos
românticos, também foi uma característica forte na literatura de Alvares de
Azevedo. Destaca-se “Se Eu Morresse
Amanhã” e “Lembrança de Morrer”.
Ele utiliza de expressões como pálido,
palor, palidez, macilento para transmitir este aspecto doentio.
A
queda trágica de cavalo nos inicios de 1852 ocasiona um tumor na fosse ilíaca e
repentinamente, no dia 25 de Abril de 1852, Manuel Antônio Álvares de Azevedo
morre com 21 anos, sem ter nenhuma obra publicada e nem ter concluído o seu
curso de Direito.
Apesar
de não ter sido conhecido em vida como o autor que nós conhecemos Maneco, era
destacado por seus discursos e cartas. Em 1953,
é publicada Lira dos Vinte Anos, com
prefácios escritos pelo autor.
É
também importante destacar que Alvares de Azevedo construiu uma identidade
literária, a exploração que se utiliza nos temas é a angústia amorosa, em que
por vezes se nota que ele as ridiculariza. É uma obra literária que contem três
partes, a lira dos vinte anos revela as diferentes faces de Alves de Azevedo.
Destacou-se também pela prosa Noite na Taverna e pelo seu discurso na sessão de
instalação da Sociedade Acadêmica Ensaio Filosófico.
Os
textos mais importantes são:
Poesia
|
Prosa
|
Lira dos Vinte Anos
|
Noite na Taverna
|
Poesias Diversas
|
Macário
|
O Poema do Frade
|
Discursos
|
O Conde Lopo
|
Cartas
|
Este
autor rompeu com o estereotipo ultra-romântico, desenvolvendo uma gostosa veia
irônica e sarcástica, anunciado o que seria uma constante no modernismo.
Fontes:
Português: contexto,
interlocução e sentido.
Abaurre, Maria Luiza M.; Abaurre, Maria Bernadete M.; Pontara, Marcela.
Português: Língua,
Literatura e Produção de textos.
Nicola; Floriana, Ernani.
Literatura Comentada:
Álvares de Azevedo.
Heller, Bárbara; Brito, Luís Percival Leme de; Lajolo, Marisa.
Seminário São Francisco de Assis
Alunos: Arthur E. Holdefer e Vinícius
M. Fabreau - 2º. Ano
Disciplina: Literatura
Professor: Ricardo Luís Mees
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