Vanguardas culturais europeias.
Contexto histórico
Um agitado início de século na
Europa.
No início do
século XX, a Europa se encontrava em imensa turbulência. Problemas de natureza
política entre países vizinhos deram início a desentendimentos locais acabaram
assim provocando, em 1914, a Primeira Guerra Mundial. Juntamente com as
instabilidades políticas, as pessoas tinham que construir um novo olhar para a
vida, esta que estava abalada pelo impacto das descobertas tecnológicas que
começam a causar espanto.
.jpg)
transformou o modo como às pessoas percebiam a realidade e avaliavam o universo. Nada mais era definitivo, nada era certo.
Outro grande
abalo para a sociedade europeia foi o surgimento da psicanálise (quando Freud
identificou o inconsciente humano). Mais uma vez as certezas ruíram. As
dimensões da vida e do pensamento não podiam mais ser orientadas pelas
referências herdadas pelo passado.
Vanguardas: ventos de
Inquietação e
mudança
.jpg)
Nas três primeiras décadas do século XX,
o cenário artístico europeu também vivia um momento de grande agitação, pois
diferentes movimentos artísticos, denominados Vanguardas, surgiram para
estabelecer novas referências, não somente para a literatura, mas também na
musica, escultura e pintura.
O
novo século precisava criar as próprias referências estéticas. É nesse contexto
histórico- cultural que nascem os vários “ismos”:
Ø Cubismo;
Ø Futurismo;
Ø Expressionismo;
Ø Dadaísmo;
Ø Surrealismo;
O projeto
artístico
das Vanguardas
Europeias
Cada uma das
vanguardas que surgem no século XX apresentam um projeto próprio, mas todas
elas possuem um mesmo objetivo: romper
radicalmente com os princípios que orientavam a produção artística do século
XIX.
O
desafio encontrado pelos artistas é claro: encontrar uma nova linguagem capaz
de expressar a ideia de velocidade captura e essência transformadora. Por isso
toda a produção artística da vanguarda terá um caráter de ruptura, choque e de
abertura.
Os
agentes do discurso
A agitação cultural de Paris é imensa. A própria cidade está de cara nova, reformada
pelo projeto de desenvolvimento urbano implementado meio século antes pelo
barão Haussmann.
É nesse
contexto de produção que as vanguardas são elaboradas. Surgem então os
manifestos como meio de dar maior visibilidade às produções das diferentes
vanguardas. O contexto de circulação dos
manifestos é o jornal.
CUBISMO
O
poeta francês Guillame Apollinarie foi o responsável pelo primeiro manifesto da
literatura cubista em 1913 logo após as primeiras exposições de artistas como
Pablo Picasso e Braque.Na sua obra Apollinaire procura aliar a visão
destruidora dos futuristas à ideia de construção de algo novo.

Apollinaire
defendia a liberdade das palavras e a invenção de palavras, O resultado são
palavras soltas, escritas tanto na vertical, como na horizontal, sem a
continuidade tradicional. Propunha a destruição das sintaxes já condenadas pelo
uso criando um texto de substantivos desprendidos, em desordem, jogados de
forma anárquica no texto. Incentivava o menosprezo por verbos, adjetivo e
pontuação. Pregava a utilização dos versos livres, ou seja, sem a necessidade
da estrofe, da rima e da harmonia. Assim, como na pintura, as colagens passaram
a ser incorporadas pelos textos poéticos.

No Brasil a influência dessa
vanguarda aparece na obra de Oswald Andrade:
Hípica
Saltos records
Cavalos da Penha
Correm jóqueis de Higienópolis
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca
Chá
Na sala de cocktails
(in:
Poesias Reunidas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.)
Esse poema é claramente cubista. Para retratar uma corrida
de cavalos na hípica, o eu lírico promove uma “sobreposição” de imagens que
deslocam o olhar do leitor da pista e o dirige para o público.
O resultado é a criação de uma imagem plural composta de
diferentes planos da própria realidade.
Veja as características do
Cubismo na literatura:
•Ilogismo
Os
textos cubistas são marcados pela supressão da lógica formal. O pensamento não
é racional, ele aparece entre oconsciente e o inconsciente do escritor.
Linguagem
caótica
Como não há uma lógica, as palavras são
soltas, dispostas aparentemente de uma forma aleatória.
Para o escritor cubista, ansioso por viver o
seu tempo, o tempo presente, tudo passa a ser tema para poesia, como por
exemplo: viagens, paisagens e visões exóticas.
•Humor
Muito
comum nos textos cubistas, provocado não só pelas ironias, mas pela própria
disposição gráfica das palavras.
Referências: http://pt.scribd.com/doc/54713038/Na-Literatura-o-Cubismo-Nasceu-Com-o-Manifesto Acesso em: 10 de abril de 2013.
Livro didático: Abaurre, Maria Luiza M.
Português:
contexto, interlocução e sentido/
Maria Luiza Abaurre, Maria Bernadete M.
Abaurre,
Marcela Pontanara – São Paulo: Moderna,
2008.
Seminário São Francisco de Assis
Alunos: Kaynan C. J. Fantebom e Matheus Borsói - 3º. Ano
Disciplina: Literatura
Professor: Ricardo Luís Mees
Parabéns alunos. Ótimo trabalho. Continuem assim.
ResponderExcluirRealmente, estão de parabéns .
ResponderExcluir