quarta-feira, outubro 29, 2014

SILVA AVARENGA

Escritor e poeta do arcadismo brasileiro nascido em Vila Rica, capitania de Minas Gerais, que ao lado do perfeccionismo dos versos, transmitiu em sua arte poética um sentimento que o distinguiu dos demais árcades mineiros. Era pobre, e filho de um  bastardo.
Principais obras
O Desertor (depois publicado como O Desertor das Letras) - 1774
Teseu a Ariadna - ca.1774
Gruta Americana - ca.1777
Templo de Neptuno - ca.1777
As Artes - 1788
Epístola a Basílio da Gama - 1788
Glaura: Poemas Eróticos – 1799
 ( http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa2873/Silva-Alvarenga )
Glaura, poemas eróticos*
Glaura era meio gordinha. Mas tinha uma cara alegre. E era amiga de dizer umas graças, piscando um olhinho malicioso. Um cabelo quase louro e ondulado emoldurava tudo, dando-lhe um ar de anjo barroco e um pouco safadinho. Enlouquecia os rapazes.
Contava que tinha todo um livro de poemas em sua homenagem. Declamava umas duas quadrinhas. Nem ela sabia que a obra era de 1799. Pois nenhum duvidava que um poeta tivesse feito mesmo mil poemas para ela.

Apesar de umas gordurinhas, os olhos dos homens estavam sempre nela, quando passava, sacudindo o traseiro, involuntariamente, umas saias ligeiramente godet, parecia de propósito. Uns vestidinhos mais para curtos – principalmente atrás, que culpa tinha ela! – e sempre umas sandálias de plataforma faziam o andar irresistível.
Tão mocinha, diziam que era viúva. Duas vezes. Que fossem dez, todo mundo já tinha entrado na fila.
XV
No ramo da mangueira venturosa
Triste emblema de amor gravei um dia,
E às Dríades saudoso oferecia
Os brandos lírios, e a purpúrea rosa.
Então Glaura mimosa
Chega do verde tronco ao doce abrigo...
Encontra-se comigo...
Perturbada suspira, e cobre o rosto.
Entre esperança e gosto
Deixo lírios, e rosas... deito tudo;
Mas ela foge (Ó Céus!) e eu fico mudo.

 ( http://conto-gotas.blogspot.com.br/2013/03/p-margin-bottom-0.html )

Adynan Gustavo Moraes Ankler, 1º. Ano 

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