Escritor e poeta do arcadismo brasileiro nascido em
Vila Rica, capitania de Minas Gerais, que ao lado do perfeccionismo dos versos,
transmitiu em sua arte poética um sentimento que o distinguiu dos demais
árcades mineiros. Era pobre, e filho de um
bastardo.
Principais obras
O Desertor (depois publicado como O
Desertor das Letras) - 1774
Teseu a Ariadna - ca.1774
Gruta Americana - ca.1777
Templo de Neptuno - ca.1777
As Artes - 1788
Epístola a Basílio da Gama - 1788
Glaura: Poemas Eróticos – 1799
( http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa2873/Silva-Alvarenga
)
Glaura, poemas eróticos*
Glaura era meio gordinha. Mas tinha uma cara alegre.
E era amiga de dizer umas graças, piscando um olhinho malicioso. Um cabelo
quase louro e ondulado emoldurava tudo, dando-lhe um ar de anjo barroco e um
pouco safadinho. Enlouquecia os rapazes.
Contava que tinha todo um livro de poemas em sua
homenagem. Declamava umas duas quadrinhas. Nem ela sabia que a obra era de
1799. Pois nenhum duvidava que um poeta tivesse feito mesmo mil poemas para
ela.
Apesar de umas gordurinhas, os olhos dos homens
estavam sempre nela, quando passava, sacudindo o traseiro, involuntariamente,
umas saias ligeiramente godet, parecia de propósito. Uns vestidinhos mais para
curtos – principalmente atrás, que culpa tinha ela! – e sempre umas sandálias
de plataforma faziam o andar irresistível.
Tão mocinha, diziam que era viúva. Duas vezes. Que
fossem dez, todo mundo já tinha entrado na fila.
XV
No
ramo da mangueira venturosa
Triste
emblema de amor gravei um dia,
E
às Dríades saudoso oferecia
Os
brandos lírios, e a purpúrea rosa.
Então
Glaura mimosa
Chega
do verde tronco ao doce abrigo...
Encontra-se
comigo...
Perturbada
suspira, e cobre o rosto.
Entre
esperança e gosto
Deixo
lírios, e rosas... deito tudo;
Mas
ela foge (Ó Céus!) e eu fico mudo.
( http://conto-gotas.blogspot.com.br/2013/03/p-margin-bottom-0.html
)
Adynan Gustavo Moraes Ankler, 1º. Ano
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