SEMANA DA ARTE MODERNA

A Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em são Paulo no ano de    1922, nos dias 13.15 e 17 de fevereiro, no Teatro Municipal. Cada dia da semana foi dedicado a um tema: respectivamente,pintura e escultura, poesia, literatura e música.

Em um período repleto de agitações, os intelectuais brasileiros se viram em um momento em que precisavam abandonar os valores estéticos antigos, ainda muito apreciados em nosso país, para dar lugar a um novo estilo completamente contrário.

No Brasil, o descontentamento com o estilo anterior foi bem mais explorado pelos escritores modernistas Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e Manuel Bandeira. Na pintura, destacou-se Anita Malfatti, que realizou a primeira exposição modernista brasileira em 1917. Contudo Monteiro Lobato   não poupou críticas à pintora. Este episódio serviu como incentivo para a realização da Semana de Arte Moderna. 

A Semana, na verdade, foi a explosão de idéias inovadoras que aboliam por completo a perfeição estética tão apreciada no século XIX. Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito, experimentavam diferentes caminhos sem definir nenhum padrão.

Vale ressaltar, que a Semana em si não teve grande importância em sua época, foi com o tempo que ganhou valor histórico ao projetar-se ideologicamente ao longo do século. Devido à falta de uma ideologia comum a todos os seus participantes, ela desdobrou-se em diversos movimentos diferentes, todos eles declarando levar adiante a sua herança. O movimento modernista continuou a expandir-se por divulgações através da Revista Antropofágica e da Revista Klaxon, e também pelos seguintes movimentos: Movimento Pau-Brasil, Grupo da Anta, Verde-Amarelismo e pelo Movimento Antropofágico. 

Curiosidades sobre a Semana de Arte Moderna:

-         Durante a leitura do poema "Os Sapos", de Manuel Bandeira, o público presente no Teatro Municipal fez coro e atrapalhou a leitura, mostrando desta forma a desaprovação.

 Trecho da obra Os Sapos:

 

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

(...)

 

- No dia 17 de fevereiro, Villa-Lobos fez uma apresentação musical. Entrou no palco calçando num pé um sapato e em outro um chinelo. O público vaiou, pois considerou a atitude futurista e desrespeitosa. Depois, foi esclarecido que Villa-Lobos entrou desta forma, pois estava com um calo no pé. 

Alunos: Leonardo, Jussinara, Larissa, Eduardo e Jackson

Série: 3º.Ano I