quarta-feira, agosto 13, 2014

O SERTÃO DE RACHEL DE QUEIROZ


“Quem come a carne tem de roer os ossos” 

(Rachel de Queiroz em O Quinze)




Presença feminina na geração de 1930 da literatura modernista brasileira, Rachel de Queiroz (1910 – 2003) tornou-se conhecida após a publicação da obra “O quinze” (1930) que retrat
a a realidade da dura infância vivida no sertão, durante a seca de 1915. Nesta obra, o desejo de Rachel era mostrar a luta do povo nordestino entre a seca e a miséria.

Sobre “O quinze” podemos destacar três aspectos literários marcantes na prosa de Queiroz:


1.     Estrutura – A história se desenrola em linha reta, ou seja, valorizando o presente e o cotidiano das personagens que raramente invocam o passado. Além disso, o elemento como “a procissão de pedir chuva”, realça a importância da realidade nordestina, e a fome apresenta-se como imagem da vida.
O quinze (1930) - 1ª Edição

2.     Linguagem – A obra apresenta elementos orais típicos do nordeste na fala das personagens.

3.     Cenário – É o Ceará. Quixadá, lugar da seca, em maior escala. E Fortaleza, cenário urbano, lugar da migração e onde mora a protagonista Conceição, aparece em menos escala.


Rachel dedicou-se a tradução e a escrita de peças teatrais, poemas e crônicas, onde utilizava uma linguagem direta e coloquial. Ela mudou a concepção da literatura brasileira, pois fez do homem, e principalmente da mulher sertaneja, as estrelas de suas obras literárias.


Com o reconhecimento que lhe é de direito, foi à primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, em agosto de 1977 e a primeira mulher a receber o Prêmio Camões, premiação mais importante da Literatura em Língua Portuguesa.


Seminário São Francisco de Assis
Vinícius de Menezes Fabreau - 3º Ano

Referências




 

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