terça-feira, novembro 04, 2014

BASÍLIO DA GAMA

Foi um poeta brasileiro, Estudava no Colégio dos Jesuítas, no Rio de Janeiro. Já noviço, continuou seus estudos em Roma, onde ingressou na Arcádia Romana, academia literária que reunia escritores que combatiam o estilo barroco. Seguiu para Portugal, ingressou na Universidade de Coimbra. Foi preso por ter amizade com jesuítas. Foi exilado na Angola, na África. Quando solto recebe carta de fidalguia e é nomeado Secretário do Reino. Escreve sua obra-prima "O Uraguai", considerada a melhor realização do gênero épico do Arcadismo brasileiro.

Nasceu no dia oito de abril, no arraial de São José do Rio das Mortes, hoje Tiradentes, Minas Gerais. Foi para o Rio de Janeiro, estudar no Colégio dos jesuítas. 
Em 1759, os padres da Companhia de Jesus foram expulsos do Brasil, obedecendo um decreto do Marques de Pombal. O Colégio dos Jesuítas foi fechado e Basílio da Gama foi para Roma continuar seus estudos. Ingressou na Academia Romana, academia literária que reunia escritores com a finalidade de combater o estilo barroco.
Em 1767 voltou para o Brasil e no ano seguinte foi para Portugal, onde ingressou na Universidade de Coimbra. Acusado de ter amizade com os jesuítas, foi preso e condenado ao exílio, em Angola, na África. Livrou-se do exílio ao escrever um poema em homenagem à filha do Marques do Pombal. Basílio passou a ser favorecido e o Marques lhe concede a carta de fidalguia e o nomeia Secretário do Reino.

Com a morte do rei português, em 1777, Pombal perdeu o cargo de Ministro e seus atos são anulados. Basílio o defende e permanece fiel a sua amizade. Com ajuda do Marques fez novos contatos com os árcades portugueses, o que lhe permitiu escrever seu poema épico "O Uruguai". Publicado em 1769, relata a guerra movida pelos portugueses e espanhóis contra os Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul.

PRInCIPAl OBRA DE BASíLIO DA GAMA

O uraguai:

Exórdio do Poema "O Uraguai"
Fumam ainda nas desertas praias
Lagos de sangue tépidos e impuros,
Em que ondeiam cadáveres despidos,
Pasto de corvos; dura inda nos vales
O rouco som da irada artilharia.
Musa! honremos o herói que o povo rude
Subjugou do Uruguai, e no seu sangue
Dos decretos reais levou a afronta.
Ai, tanto custas, ambição do império!
E vós, por quem o Maranhão pendura
Rotas cadeias e grilhões pesados,
Herói e irmão de heróis, saudosa e triste,
Se ao longe a vossa América vos lembra,
Protegei os meus versos. Possa, entanto,
Acostumar ao voo as novas asas,
Em que um dia vos leve. Desta sorte,
Medrosa, deixa o ninho â vez primeira
Águia, que depois foge à humilde terra
E vai ver de mais perto, no ar vazio,
O espaço azul, onde não chega o raio.

O uraguai
 O Uraguai é um poema épico escrito por Basílio da Gama em 1769, conta de forma romanceada a história da disputa entre jesuítas, índios (liderados por Sepé Tiaraju) e europeus (espanhóis e portugueses) nos Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul. O poema épico trata da expedição mista de portugueses e espanhóis contra as missões jesuíticas do Rio Grande, para executar as cláusulas do Tratado de Madrid, em 1756. Tinha também o intuito de descrever o conflito entre ordenamento racional da Europa e o primitivismo do índio. Esse poema é também um marco na literatura brasileira representando uma quebra com o modelo clássico do poema épico. 

O Uraguai é composto por apenas cinco cantos (ao invés dos dez cantos de Os Lusíadas) e apresenta 1377 versos brancos (sem rima) e nenhuma estrofação. Outra característica que diferencia O Uraguai dos outros poemas épicos é o fato de narrar um episódio histórico muito recente.


Os cantos são :
CANTO I : No primeiro canto, há a apresentação do campo de batalha já coberto de cadáveres, principalmente de índios; há um retorno no tempo para mostrar o desfile das tropas luso-espanholas.
CANTO II : No segundo, há o encontro entre o chefe das tropas luso-espanholas e os dois caciques indígenas. O acordo se mostra impossível devido à influência dos jesuítas, e ocorre a batalha. Apesar da bravura dos índios, eles são derrotados pelas armas de fogo dos europeus, e um dos caciques morre. O outro comanda a retirada.
CANTO III : No terceiro, o cacique morto aparece em sonho ao outro e sugere o incêndio no acampamento inimigo, o que ele faz com sucesso. Na volta, entretanto, ele é assassinado a mando do jesuíta Balda, que queria que o filho do cacique assumisse a liderança da tribo.
CANTO IV : No quarto, as tropas luso-espanholas avançam sobre a aldeia, que se prepara para o casamento de Baldeta, o filho do cacique assassinado, com Lindóia. Ela, no entanto, prefere morrer a casar-se. Os índios batem em retirada, depois de atear fogo à aldeia.
CANTO V : No quinto, o poeta mostra suas opiniões. Culpa os jesuítas pelo massacre dos índios e louva o comandante militar português por proteger e respeitar os que sobreviveram.



http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Uraguai,http://maicongoncalves.xpg.uol.com.br/literatura/basiliodagama-ouraguai-resumo.htm. https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm.

Mateus Oliveira, 1º. Ano

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